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boas dicas, miados, risos

TOCA RAUL

06 outubro 2003

Disseram-me que eu iria sentir falta dela. Disseram-me duas vezes. Ainda na segunda, eu neguei, afirmando que sabia me despedir das pessoas. E sei mesmo. O fato de já ter sentido as coisas não implica em não senti-las de novo. Sim, despeço-me há mais de quinze anos das pessoas mais queridas. Porque minha linha vital a isto me impulsiona. Vou desbravando o mato, como fazia quando morava em Blumenau e via cobras e camaleões no terreno do outro lado do muro de casa. E desbravando as pessoas, mas, principalmente, desbravando a mim mesma. Graças a Deus, afeiçoo-me cada vez melhor. Relaciono-me cada vez melhor. Decepciono-me um pouco menos. Talvez devesse mostrar mais o que sinto. E eu já sinto falta da Martinika, minha amiga que chegou ontem em Varsóvia, vindo daqui. Eu entendo agora a frase do autor do livro "O céu que nos protege", no final do filme (aliás, a legenda comete um erro imperdoável!): "Porque não sabemos quando morremos, achamos que a vida é inacabável. Mas lembramo-nos na verdade bem poucas vezes de tão lindos momentos que vivemos, como o nascer da lua cheia sobre o mar ou aquela doce tarde na infância. Mesmo assim, a vida parece não ter limite." Mas quando a gente se despede, toma consciência da finitude das coisas. Acordamos do sonho para a dura realidade. Isto me lembra já outro tema...
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