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boas dicas, miados, risos

TOCA RAUL

13 julho 2002

CASES DE OUTRENS
Diretamente do mundo encantado da música
Concerto marcado para as 7 da noite em São Miguel D'Oeste, Santa Catarina. 12:30, Curitiba, Paraná, saem os músicos do ensaio e embarcam numa van, homens de smoking, mulheres de roupa preta qualquer (sorte delas). Na boléia, outro músico, neste caso, motorista. Três violistas, um contrabaixista, uma violinista, um oboísta e um motorista. Lanchinho e refris a bordo: patrocínio do maestro. Lá vamos nós, pela BR que corta o sul do Paraná na direção do oeste catarinense. É uma estrada curiosa, através da qual pode-se sair do Paraná, entrar em Santa Catarina, entrar no Paraná de novo e finalizar em Santa Catarina. Muito interessante. Lá pelo meio da viagem começam os questionamentos, afinal, são 7 horas de viagem e o concerto é ãs 7 e saímos 12:30, acho que não vai dar. Voltemos, não vale a pena. Chuva, buracos, o celular do maestro está com a caixa postal cheia, não há o que fazer, a decisào é nossa mesmo. Afinal, umas 7:30, chegamos a São Miguel. Mas quem sabia onde era o concerto? Quem, alguma vez, já havia estado em São Miguel D'Oeste? Que diabos é São Miguel D'Oeste? Sei que fica a 40 km da Argentina, minha nossa. A gasolina acabando, antes de mais nada, paremos no posto. Saem todos aqueles pingüins e ladies da van, esticam as pernas e perguntamos pro frentista, veja bem, que ótima fonte de informação, onde seria um concerto naquela enorme cidade? Logicamente ele sabia, logo ali, seguindo aquela rua. E a van vai se aproximando da rua principal da cidade, recém-reformada, daquelas reformas de calçamento e floreirinhas e coisinhas. No final dela, o palco junto com os equipamentos, trazido em dois caminhões pelo maestro, todos os músicos em cima e, graças a Deus, o show do local rolando na frente. A correria de dentro da van pra cima do palco proporcionou uma tremedeira que só mesmo meia horinha de show local pra relaxar. Santo show local. Concerto, jantar, estrada de novo. De madrugada, estavam os músicos de volta na cidade-sorriso. Diretamente do mundo encantado da música...
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[7/12/2002 3:48:13 PM | Laura Mello]
CASES DE OUTRENS
E se você está sabendo que tem uma jam de percussão perto da sua casa e aquela sua amiga de toda semana não apareceu e você cansou de esperá-la e ligou as anteninhas "tuiiim" pra ouvir de onde estava vindo o som? E se você saiu de casa seguindo a batucada, louquinha pra dançar muito, entra numa rua, chega bem perto, mas na verdade está do outro lado, segundo informam os moradores? E se você entra por aquele portão aberto onde diz "aulas de percussão", vai andando pelo grande terreno, o som vai aumentando, você meio assim porque não conhece o dono da casa, nem sabe quem exatamente vai estar lá, só sabe que alguns amigos possuidores de jambay te deram o toque? E se você chega e pára e fica parada olhando e todo mundo também te olhando e você não enxerga muito bem através da fogueira e então de repente reconhece a voz de uma amiga cantando? E se você então começa a dançar com ela ali em cima daquele estrado muito flexível de madeira e começa a enloquecer pesquisando o movimento e a direçào dele e tudo mais, enquanto vê aquele cigarrinho esperto e as garrafinhas de vinho rolando e fica querendo? E se você recebe na mão o jambay e um "toca aí" e começa e participa e atravessa um pouco e percebe que só mesmo sua mão direita é que funciona, mas mesmo assim já dá pra fazer alguma coisa? E se você ouve o povo entrando e saindo da cozinha e gritando que não sei quem quebrou a colher e nego saindo rindo muito lá de dentro? E se, no meio desta confusão e desta percussão louca que não pára, do outro lado do terreno, na rua, passa aquele carrinho da polícia esperto? E se o carro pára e começa a fazer a volta e os percussionistas vão ralentando, a levada vai se perdendo, não pára que é mais bandeira ainda, aqui não tem ladrão, e o carro encosta e você prevê tudo de ruim? E se o policial sai do carro e pergunta se nào esqueceram de convidar alguém da vizinhança, porque tavam ligando pra eles e reclamando do barulho? E se as pessoas da festa convidarem os policiais e eles disserem que hoje não, mas amanhã viriam e as pessoas então, confirmariam e pediriam pra eles trazerem um bongô ou algo assim e todos rirem e continuarem tocando e aquele promissor incidente se transformasse numa festa, o que você diria? Que estaria no Brasil, no sul do Brasil, onde tudo é paz e alegria???????? Viva São João, Viva o milho verde
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