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boas dicas, miados, risos

TOCA RAUL

26 junho 2002


Bem, aqui vai o resultado de muitas tentativas de publicacao dos outros blargh blogs...

agora o sistema de reclamacao aqui mudou: se você tem uma reclamacao, mando um "comentário" pra nós. Comentário?? Isso quer dizer que nao vao me responder? Um comentário pode ser passível de resposta?? e assim, meu blog permanece unpublished. Gostaria mesmo é que meu vizinho baixasse o som. Gostaria de nao estar aqui neste dia de jogo bosta.

[6/19/2002 7:56:50 PM | Laura Mello]
bah, a melhor coisa que me aconteceu nestes dias foi descobrir que meu toca-fitas funciona. Nao sei se já falei isto. Daí que hoje a tarde o Jorge Mautner já me disse que o tormento vencia o amor de 2, 3, 4 a um. Nesta casinha, nao apartamento. Agora o Luiz Melodia diz que holiday é um dia de paz e que ele já nao pensa mais. Se alguém quer matar-me de amor, que me deixe primeiro ouvir esta fita até o fim...
Mesmo que eu gaste um monte em impulsos telefonicos, este blog é um evento na minha vida. Difícil vai ser continuar a escrever as outras coisas, que em breve vocês verao. Agora estou em Paquetá.
Tive uma crise de choro (gracas a Deus, estava precisando) ouvindo Pérola Negra, que é mesmo uma pérola. Aquele cara do blog Pérolas aos Porcos, será que ele conhece esta música?
Varri a casa pensando que ela nao estava tao suja. Diarista boa é assim!!! Limpa por no mínimo duas semanas!
NInguém morreu, diz o Luiz Melodia...
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[6/19/2002 7:07:47 PM | Laura Mello]
Will I ever blog away????? É minha única questao desde que iniciei este diário, fora minhas corriqueiras questoes existenciais. Entao, o susto da bicicleta! Acabo de chegar. Fui de bicicleta ao banco no shopping. O bom gualda disse que olharia a magrela pra mim. Este bairro me faz sentir longe daquela fama brasileira de inseguranca e violência. Aliás, esta cidade toda. (Só tem violência entre os cachorros e gatos. Ah, talvez entre casais, ouvi outro dia uma mulher gritando socorro num prédio por onde passava...)Enfim, depois, fui ao café. Encontrei a garconete Ale, argentina que nao chorou na copa (incrível, como será que estao as energias por aí, quando o mundo todo só fala no mesmo assunto???? Pior que no Natal, pois a copa dura muito mais tempo e tem mais novidade..) Li a Folha, fiquei sabendo que o Beira-Mar tinha encomendado um míssil de dentro de sua cela e que os traficantes usam usuários-laranja de telefones pra receberem ligacoes A COBRAR em seus celulares!!! Nao achei a Ilustrada, sempre alguém chuta este caderno...Olhei pra frente e pensei se já iria embora, depois da deliciosa torta e do café, quando lembrei, falando em ir embora, da BICICLETA!!!! Porra, deixei a coitada no shopping!!!! Avisei a Ale e fui correndo, bem, andando, ando muito preguicosa, passei pelo meu hippie predileto, um pouco clone do meu professor de viola predileto (depende em que sentido...) e cheguei em frente à rampa de acesso ao shopping, onde deveriam estar duas bicicletas (quando estacionei a minha, havia mais uma, ficou tipo estacionamento de moto): nada!!!! Sensacao de vazio. Redemoinho nas direcoes do pensamento. Roubaram a bicicleta. A Lagoa nao é tao segura assim. Nem podia. Você é que superestimou o bairro. Mas nao pode ser. Nao pode mas foi. Nao tem nada lá. Será que o hippie está me vendo sofrer?? Ele que tem esta cara de sofrido e mau-humorado italiano narigudo barbudo do jeito que eu gosto charmoso??? Ai, meu Deus, nao tenho mais absolutamente nada a fazer a nao ser ficar aqui pasma, condenando-me por estar me culpando. Nesta minha errância ébria de indigacao, topei com o belo gualda do shopping, que me perguntou, com os pés já indo de volta na direcao do interior do shopping: esquecesse a bicicleta??? Nesta pergunta e na atitude dele eu percebi que ele sabia de tudo. Muito mais, que nao era mesmo verdade, que ele havia mesmo cuidado da bicicleta. Meu bom senhor, ele havia me chamado quando eu saí do shopping, mas eu estava certamente muito mais concentrada em observar a exposicao do meu hippie favorito. Ele me olhou, mas eu nao ouvi o gualda e ele GUALDOU MINHA BICICLETA!!!! Creiam!!! E entao, mais uma vez, o conflito entre a minha percepcao, o consenso e a realidade elucidou-se: o consenso perdeu novamente. Aqui, o que sinto e desconfio é o que rola!!! Cidade maravilhosa, sinto muito, Copacabana, sou muito mais a Praia Mole: posso andar de relógio (hihi, nem uso...) e ainda fazer um nudismo inocente logo ali!
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[6/19/2002 3:13:33 PM | Laura Mello]
Mais uma vez, diretamente do mais nao-novo, nao-publicado blog. Uma discussao e uma contribuicao-comentário:
Alunos meus discutindo sobre o valor estético da flauta-doce. Entao uma irritou-se com o sarcasmo do outro. O problema é que as frases comecam com afirmacoes, as pessoas nao estao acostumadas a dizer "eu acho", "eu penso", e sim, "isto é assim". Bem, das duas uma: você concorda e continua; você discorda e nao pode falar nada, pois a outra pessoa nao abriu pra isso. Enfim, eu sinceramente nao vejo a menor graca na flauta doce, mas conheco um cara que faz miséria naquele instrumentinho. É que eu nao sou muito insistente. Na verdade, prefiro logo mudar de assunto e depois, um dia, colar todos eles dentro de uma coisa só, nem que seja bem ampla. Entao, aplicando ao estudo do instrumento, eu prefiro tocar mais ou menos muitos instrumentos do que muito bem um só. Se nao posso viver tocando, pelo menos posso viver de falar deles, afinal, vou conhecê-los bem...E de trocar experiências, sendo que vou entender muito melhor o que alguém vai me falar a respeito...Mas de qualquer forma, esta é a MINHA opiniao. E também as outras pessoas nao estao acostumadas a enxergar afirmacoes como nao-imposicoes. Se eu afirmo, nao quero obrigatoriamente que você pense igual. Talvez até esteja aberto pra um "discordo", mas as pessoas nao estao acostumadas com isto.
Outra coisa: nao sabia que o Contato-Improviso vinha do Ai-Ki-Dô e que foi no estúdio do Merce Cunningham, através da experimentacao, que surgiu. Sei das colaboracoes entre o Cage e o Cunningham. E de repente cá estou eu, numa oficina de contato-improviso. E outro dia saí com dois Fernandos, que faziam Ai-Ki-Dô. E conheci alguns exercícios. Vou variando e, mesmo assim, acabo voltando pro mesmo ponto. Círculos, círculos...
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[6/19/2002 12:34:44 AM | Laura Mello]
Ainda na esperanca de publicar e de um dia aprender a fazer cês cedilha e tils (tis?) aqui no meu tecrado...Estive pensando e, como sempre, sem anotar, esquecendo, mas vou lembrar. Na verdade, tudo que eu critico nos blogs dos outros está acontecendo. Acho que é impossível resistir à tentacao de ser completamente egocêntrica e nao falar de nada. Mas eu tenho entao uma crítica musical a fazer.
Concerto da Camerata Florianópolis 18/06/2002
Bem, em primeiro lugar, preciso dizer que qualquer trabalho com música erudita aqui em Santa Catarina precisa ser arado, afofado, semeado, regado, esperado crescer e só. Porque, se vai colher, é lá fora. Tudo bem, eu tenho cá minhas dúvidas sobre a importância real das orquestras, afinal sao instituicoes um pouquinho perdidas no tempo e no espaco, diria, deslocadas aqui da realidade. Outra questao é sobre o repertório. Nao adianta viajar e ir ao berco da música. Parece que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas dividem-se em: amantes da música clássica/popular/de vanguarda. Dificilmente se encontra alguém que goste das três. Talvez eu, que nasci em berco meio erudito mas ouvi muito rádio e até hoje ouco e componho algo que nao se encaixa nos moldes estabelecidos pelos chamados "grandes" mestres. E outros coleguinhas estudantes de música. Fora da academia, alguns outros artistas e simpatizantes. No mundo inteiro é assim. Aqui também.
Voltando ao concerto da Camerata, o Porquê de toda esta minha explanacao anterior vem do repertório escolhido pra hoje: Mozart, Sinfonia Concertante pra Violino e Viola e Concerto Tríplice de Beethoven. Nao vou aqui estabelecer uma crítica estética a respeito das obras, quero comentar a insercao deste repertório neste momento. Aqui em Florianópolis, os estudantes ADORAM música popular. E o que sao Mozart e Beethoven? Pop. Por quê? Porque todo mundo conhece. Porque a palavra "Mozart" já é um ícone, tem nela mais do que um nome de pessoa, de tanto que é tocado. Eu nao tenho nada contra o pop, mas eu tenho contra a repeticao desnecessária. Acho que o ser humano tem uma tendência natural à repeticao e cabe a nós, artistas, tentar colorir o céu dos pobres seres trabalhadores de sol a sol ou de lâmpada fluorescente em lâmpada fluorescente. Toca Raul!!!!!! Toca Rush!!!!!!!! Heresia gritar isto num concerto crássico, mas bem que seria divertido. E nem tanto diferente. Por que o legal é o ritual???? Acho que nao acho importante o ritual, mas digamos que alguém ache. Eu aceito, respeito, mas tem lugares em que, fora o ritual, nao acontece NADA NUNCA!
Enfim, terminando finalmente, ninguém vai ler esta balela mesmo, parabéns pelo mérito de conseguir levar pra frente um projeto cultural. Espero que isto se torne uma rotina e que, cansados desta rotina, os projetos culturais deixem de ser novela e tornem-se QUALQUER OUTRA COISA!
Por hoje é só, pessoal!

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