artevida

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O Schikaneder no verao é um bar moscal, digo, onde circulam apenas alguns destes insetos que curtem as férias na cidade e tomam banho no Wienerberger Teich, onde as placas de PROIBIDO TOMAR BANHO foram todas riscadas, nao se sabe se pela saúde pública ou por banhistas saudosistas.
Brazilian Precious na DJ line de segunda-feira, um lindo dia na semana. Mas o tema de hoje nao sao os queridos amigos que sempre vao dar uma forca e sim os personagens dos bares (e das ruas) do 5. distrito. Por exemplo, um velhinho de barba vermelha e bonezinho azul que sempre, mas sempre, juro, todos os dias está sentado em algum canto de algum dos sofás do bar. Parece até ter saído da parede, digo, desta pintura da parece onde, de um megafone, saem porquinhos alados, diz minha amiga Lisa, significando que a mensagem vai longe. O velhinho pode até ir longe durante o dia, depois das 3:30 da manha, quando fecha o bar, mas ninguém sabe. Falei ontem pro Giovani na saída: "este velhinho mora aqui, né?" e o responsável garcom respondeu: "mora nada, aqui nao mora ninguém". E eu pensei e ele também, "pois é, sai do bar e vai dormir no ponto do ônibus", disse ele, mais criativamente do que eu, que já pensei na rua mesmo. Pois nao é que hoje, ou seja, no mesmo dia, na sala de justica, digo, na Rienößlgasse, rua do meu instituto, passo eu na contramao de bicicleta e o vejo com uma malinha de couro ocre antiga pequena, parado em pé curvadinho e olhando pra baixo. Nossa surpresa encontrou-se e ele sorriu pra mim, os colegas cumprimentando-se, as criaturas da noite, no fim eu também sou um personagem do 5. distrito e alguém escreve no seu blog sobre mim também.