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boas dicas, miados, risos

TOCA RAUL

26 novembro 2003

Mais uma do finlandês voador.
Entao ele me disse que todo mundo tem uma "tia Alba", aquela que chega pra você e diz: "pensa bem!", acrescido de variacoes de "Você tem 31? Nao case mais!"
E entao eu falei pra ele que tinha um namorado italiano e ele encarnava a tia Alba "Pensa bem: italiano nao presta! Só pensa em sacanagem. Aquele ali é um bom homem pra você". Realmente, o loirao nao-esquisito ali ao meu lado era bonito. "Este é bom, ele é bom mesmo, pensa bem!" Eu perguntei pra tia Alba se ela sabia se ele era bom do coracao ou se era só físicamente bom, porque, neste caso, eu já tinha o italiano. Tia Alba nao soube responder e o outro loirao com certeza austríaco estava enxugado demais pra ceder qualquer depoimento a respeito. Tia Alba ainda me convidou pra passar o Natal na casa do diplomata brasileiro, anotou seu endereco e eu acho que esta é a única prova de que nao estive sonhando esta história toda, que ele disse mesmo "Pensa bem!" ao despedir-se, um pouco antes de eu voltar pro mundo real da Margaretenstrasse...
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Entre mil conversas e risadas e brindes, acabamos uma hora batendo as garrafas e ele disse "salve, aleluia!". E ficou me perguntando se eu sabia de onde vinha a frase. Eu pensei na Igreja Evangélica, claro. Entao ele me contou a cena mais bizarra que eu podia ter ouvido numa noite de terca-feira, acho. "Sabe aquela igreja grande em Brasília? Pois eu entrei lá e perguntei bem alto ´o que é isto?´e fui carregado pra fora! Eu gos-tei!"
E a história foi aumentando, bem como o número de "eu gos-teis" que ele dizia.
"Fomos todos nós no culto, umas vinte pessoas, da embaixada da Finlândia em Brasilia, nos ajoelhamos e dissemos ´nós estamos perdidos!´, e entao umas pessoas vestidas de branco vieram, nos carregaram, e nos jogaram fora da igreja. Eu gos-tei! Foi muito legal! Todas aquelas pessoas de branco nos carregando acima das cabecas. Eu gos-tei"

Só digo uma coisa: eu poderia viver só de ir no Schikaneder. Material suficiente.
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Como eu já estava na terceira cerveja e meu dia já tinha sido traquinas o suficiente, resolvi dar uma chance ao esquisitao e ceder-lhe alguns minutos de minha atencao (meu Deus, quanta empáfia!). Pois o cara perguntou de onde eu era, eu disse "from Brazil", e ele, em português, "eu também!". Mas com sotaque. Ele era, na verdade, finlandês, veja só vc. Me contou que trabalhou na embaixada da Finlândia em Brasília. Gostou muito e hoje em dia é namorado de um diplomata brasileiro aqui em Viena.
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No caminho estava entao meu bar, o Schikaneder, no qual esqueci um CD, presente super pessoal do Pavel Baxant, na noite do meu aniversário entre penas! Ficou na vitrine do bar e até o Fernando, que passou na frente no outro dia, viu ele em cima da mesa da vitrine. Entrei e logo dei de cara com os donos do bar, que acharam o CD rapidinho e ainda me pagaram uma cerveja. Tentei nao olhar pra um loirao esquisito que me sorriu latindo do outro lado do balcao, mas, quando vi, ele estava do meu lado, pedindo, em inglês, pra garconete: "one beer".
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Entao voltamos de Kärnten ontem à noite, convidaram-me para comer, coisa que eu nao recuso. Gracas a meus hábitos famintos, bloqueei meu instinto que dizia: "laura-laranja, vai haver canja"...Tive que agüentar uma hora de reuniao na qual a minha participacao foi de ouvinte decepcionada e triste pela pouca grana que meus recém-amigos iriam ganhar por tanto e desorganizado trabalho. A janta demorou muito mais do que devia, acabei tendo que pegar um madrugueiro, no qual estavam os "bichos-fiscais", mais um endereco falso fornecido e meu outro madrugueiro nao esperou, bosta, fui andando.
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A nao ser pela paisagem da turnê, as condicoes, a organizacao, o cachê e a língua em comum nao deixam NADA a desejar em relacao a projetos semelhantes da minha terrinha natal. Pelo menos, viverei o mês de dezembro sem grana alheia....
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A peca é de teatro político, fala da exploracao de trabalhadoras mulheres em tecelagens na América do Sul em geral. Somos todos latinos (eu brazuca, Marjorie chilena, o roteirista e sua mulher Enrique e Cay mexicanos, o Ale argentino) menos o outro técnico, o do vídeo, um naíve-confuso-querido austríaco que fala espanhol, o Herrmann, e a berlinense típica Heike, uma graca, duplo da minha querida prima Mônica, que eu tanto amo.
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"Eu disse adeus, já vou com os meus numa turnê..." (Chico Buarque e Edu Lobo, "O Grande Circo Místico").
Depois de uma festa de aniversário mais que bem-sucedida, que, aliás, durou mais ou menos 48 horas, considerando as comemoracoes a dois antes e depois com o Bene, fui pra Klosterneuburg aprender a fazer o som de uma peca de teatro. Qual nao foi minha surpresa quando soube que teria que viajar, no dia seguinte, às 4 da manha, pra Kärnten (a Caríntia), 5 horas daqui, pra fazer o som sozinha, ao meio-dia, na Prefeitura de uma cidadezinha tao linda quanto pequena, quase na Itália?
Pois nao dormi e encaminhei minhas coisas aqui, claro, no estúdio, até que me ligaram às 4 e me encontrei com eles em Kettenbrückengasse, uma van cheia de atores, idealistas, criancas e um palhaco que é a cara do meu ex Aldo, um argentino muito querido, cujo nome, como sempre, tem mais uma semelhanca, é Alejandro.
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20 novembro 2003

A Trama Virtual é tudo que poderia haver de bom pros músicos. Obrigada por existirem. Fui direto no gênero "Outros" e surpreendi-me ao ouvir o sub-gênero "Erudito". Preciso me agilizar...
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Nao resisto, um dicionário de curitibanês era tudo que faltava!
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19 novembro 2003

"Os Taheri" é como sao conhecidos meus colegas iranianos de pós-graduacao. Lembro do primeiro dia em que os vi. Aliás, antes ainda, lembro de ter ouvido escondida o cd dos caras, que tava em cima da mesa no escritório do meu professor, leia-se, MEU escritório nas férias de verao. Enfim, sao dois irmaos que se formaram em Composicao no Ira e vieram pra cá. Nao falam uma palavra de alemao. Mentira, falam 3, cada um. Nao entendem chongas de computador. Toda vez que eu entro aqui depois deles, ligo o mac e aparece aquela mensagem de que desligaram ele travado. Muito engracado. Um deles até que se vira, mas o outro nao tem a menor paciência. Clica 40 vezes onde só precisa clicar duas. Mas eles entendem de internet. Ah, entendem. Outro dia, entrei aqui na sala e tavam eles conversando no messenger, de head-phone e tudo. Um deles tem uma filhinha de quatro anos. Eu ouvi ela cantando, coisa mais lindinha, uma música tradicional iraniana. Docinho. Tadinho do Taheri I, o mais velho. Deve ser difícil ficar assim longe de um filho pequenininho. Eu me disponho sempre a ajudá-los, quando passam perto de mim, eles já sempre tem uma pergunta. Alemao sem artigos, sem verbos, uma comunicacao perfeita.
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Hoje eu tava tirando uma soneca ao meio-dia, depois de gravar tocando num Steinway. Nao dormi bem à noite e foi difícil agüentar. Segundo a internacional lei de Gerson, meu celular, que nunca toca, tocou 3 vezes. Na primeira, um cara: "Meu nome é Joachim, quem me deu o teu telefone foi o Wagner, é que eu tenho uma televisao velha que ainda funciona, pega os dois (?) canais austríacos. Eu iria jogar fora, mas o Wagner me disse que vc talvez estivesse interessada". Interessei-me, afinal, a única TV que temos (também velha), está quebrada e, por isso mesmo, está na sala, nao invade, nao grita, nao incomoda, é apenas um objeto de decoracao que mostra apenas uma linda foto (by Marcia Riederer) de um pôr-do-sol. Colamos a foto no tubo de imagem pra lembrarmos do encerramento da programacao da TV Paranaense, sabe, aquele em que a Yoko Ono recita "Imagine" em cima de um play-back midi sofrível e imagens bucólicas da fauna e flora da terra da araucária. Enfim, se vc leu este texto todo já passou o tempo entao em que eu esperei o cara trazer a TV em casa. Chegou, levou sozinho o elefante branco (cara, é do tamanho da minha, tao velha quanto, marca SABA - Sabacomé, uma bosta!). Botamos em cima do sofá e ligamos na tomada. Ligamos na tomada, mas nada aconteceu. Mais uma candidata a porta-retrato. É incrível, mas estes monstros antigos tinham já controle remoto, tosco, claro, claro também, que o cara esqueceu de levar o controle remoto. Enfim, somando esta aos 3 macintosh pré-históricos, acho que vamos fazer uma divisória na sala com monitores...
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16 novembro 2003

Mas sem deixar de ir no Schikaneder, conheci um cara ontem cuja família (a qual ele nao conhece ainda) emigrou pra Treze Tílias na década de 30. Ele é surfista e é louco pra ir pro Brasil, conhecer a família e o sol e o mar e, logicamente, ele vai acabar caindo nas ondas da Praia Mole!! Quem conhece algum Lanner aí em SC?
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Vai ficando cada vez mais difícil atualizar os posts. É que novembro é o mês do Wien Modern e eu, embora nao tenha ingresso nenhum, tenho ido a diversos concertos, de graca, gracas a ingressos alheios. Além disto, ingressos ganhos gracas a pagacoes de micos outras no Museumsquartier e entregas de prêmios em plena segunda feira de manha, num prédio que já foi alvo de atentados mil (lá no tempo do êpa-guerra). Difícil. Semana que vem é meu aniversário e estou louca atrás de direitos autorais e de devereis composicionais!!!
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04 novembro 2003

Aventuras gay em Viena. O amigo foi no bar pertinho da minha casa, o tal do "Wiener Freiheit", liberdade vienense. Diz que era brega até ficar laranjado (precisava dizer?), que até Macarenga tocou. E que o cara chegou pra ele no balcao já na entrada e perguntou "Você está sozinho?", digamos um equivalente ao "Você vem sempre aqui?", nada mais broxante. O próximo era um meio latino. "Como é teu nominho?" "É Glauco". Glauco? Em plena Schönnbrunnerstraße, no quinto distrito, nao dá pra acreditar que este nome exista em qualquer outro lugar além do Brasil. "De onde você é?" "Do Brasil". Claro. Lógico. Quenem a carioca da gema da outra festa, também suposta gay, olha o jeitinho dela andar, vontade de ir falando português direto, estes indefectíveis brasileiros espalhados pelo mundo...
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E "What I am" era hit na Estacao Primeira do dial curitibano, uma rádio que, entre outros, constituía-se num forte motivo pelo qual mudei-me de Blumenau pra Curitiba. E hit também no meu bom e velho Teenage Toca-Disco (tem 15 aninhos, vai fazer 16 em 21 de novembro) em Florianópolis, de volta ao estado natal. E eu lembro do clip da Eddie, que eu vi uma vez num bar que se nao me engano chamava-se NOVAK, em frente ao Sal Grosso. A casa antiga do Largo pegou fogo de verdade, talvez de tanto "pegar fogo" na época em que o Largo da Ordem era também hit em matéria de "fervo" (tô muito brega mesmo hoje, hein?). Enfim, era divertido passar na frente do "Lokal" e ver cabeludos pendurando-se na janela, ao som da banda punk mais próxima de sua geladeira. E a Eddie, no clip, tinha a aparência que eu sonhava pra mim, e que de certa forma acabou realizando-se, longos cabelos mechados e bem ondulados....
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Putz! Na minha casa em Curitiba havia sempre uns "Deixados e Perdidos". Perdidos, nao porque eu nao queria devolver, mas porque eu simplesmente nao sabia a quem poderia pertencer...Na lista de itens: isqueiros, muitos isqueiros, tradicionais guarda-chuvas, violoes (tinha uma época em que eu tinha 3 violoes em casa, ai, esta história é longa) e demais periféricos musicais, cabos, pinos, etc. Além disto, como eu era uma das poucas pessoas ainda detentora de um adolescente Toca-Discos Gradiente, as pessoas me cediam seu LPs, pois ouviam lá em casa e, bem, em qual outro lugar entao? Ficavam os Vinis lá e eu curtia, ah, eu curtia MESMO. Este da Eddie Brickel and the New Bohemians aí que a Karne me lembrou era meu preferido!! Gracas aos amiguinhos do acaso...
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