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boas dicas, miados, risos

TOCA RAUL

31 outubro 2003

Sobre almocar em restaurante, que minha amiguinha Carminha comentou em seu Blógue-Alimento. Aqui tem uma promocao do Merdonalds, ao qual eu NUNCA vou. A promocao deu certo, pois até mesmo eu, completa indiferente aos apelos mercadológicos em geral, fui salva ontem pelos 2 McChicken mais a tortinha de maca. Ao entrar. na hora do almoco, num lugar de comer, lembrei do restaurante na Padre Anchieta em que almocava. Raras vezes eu encontrava alguém conhecido que nao fosse do meu prédio, umas pessoas com quem eu nao tinha absolutamente NADA a ver! A comida era um tesao, mas eu lembrei bem de uma fase em que eu detestava ter que ir lá sozinha. Daí comecei a encontrar a Kátia, uma amiga da época do Woyzeck...Ficou mais legal...Bom mesmo é cozinhar em casa...
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28 outubro 2003

Gente!
Nao percam, por favor, o Adeus Lenin. É lindo! Depois eu tenho uns livros aqui pra esclarecer um pouco mais a situacao na época do finzinho do muro: é do Thomas Brüssig, chama-se No finzinho da Sonnenalle, porque o muro cortava a rua bem no finzinho. Assim, os números das casas na Sonnenallee de Berlim Oriental comecavam em 350. É um livro muito fofo.
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26 outubro 2003

Há uma semana o Brasil foi pro horário de verao e hoje fomos nós pro horário de inverno, na verdade, o horário de Deus. Eu acordei hoje às 11 e eram 10. Que presente! Uma hora! Variando de Julio Cortázar ("Histórias de Cronópios e de Famas": ...quando te dao um relógio de presente, é VOCÊ que dao de presente pro relógio. Pois bem, recebi o presente enquanto ouvia o Sunny Side Up da FM4, com o simpático-soft-sabido Johnny McGill. Mudar de país é bom também pra exercitar a matemática associada à geografia: sempre tem que rolar uma consciência de onde se está e qual a relacao de nossa localidade com a alheia, quantos fusos horários, quantos países pertencem...Isso sem falar no câmbio, que fica cada vez menos divertido, pois antigamente a gente saía do Brasil contando em uma moeda e, um mês depois, já era outra, 3 zeros a menos, elevado a pi sobre raiz de político corrupto. Hoje é bem monótono. Ainda bem.
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23 outubro 2003

Hoje sonhei. Dormi e não acordei. Pensei. Sonhei. Sento em frente à tela branca e procuro me encontrar e a meus pensamentos. Seus pontos de encontro com minha pequena angústia. Agora tenho à frente talvez a volta ao Brasil. E isto ainda não me agrada. Talvez estejam, eles mesmos, os pensamentos, à procura da adaptação e ao consolo. Meu trabalho procura ir de encontro ao mercado. E, em conseqüência, meu corpo procurando o ritmo certo, ao nadar em águas mais escuras. O inverno está chegando e o rio Danúbio não está mais para peixes-homens, nem depois de umas doses de vodca tcheca. Preciso de um pouco de sauna. Um pouco de calor. Não reclamo. Apenas expresso o que sinto.
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20 outubro 2003

Por fim, minha compatibilidade com outros signos. Extraordinariamente, tenho nada menos que 3!!!!!!!! diferentes pra ver e sonhar (coraçõezinhos)...



Compatibilidade dos Signos
Escorpião com Touro

Aqui, temos o exemplo de como os opostos se atraem. O
tormento natural de Escorpião é a contrapartida do
conservadorismo do Touro. Os dois são extremamente
sensuais, teimosos, apaixonados e fiéis. Podem ser
grandes parceiros em quase todos os campos da vida.

Virgem

Compatibilidade oportuna em que o sentimento e a
profundidade de Escorpião pode nutrir e dar esteio ao
desejo de inteiro de auto-realização de Virgem.

No amor há muita compreensão e no trabalho as
oportunidades de crescer são grandes. Pode ser que
adotem um estilo tão crítico com relação aos outros
seres mortais que se tornem uma dupla temida.

Peixes
Aqui é o reinado da água: instabilidade e
subjetividade demais. Escorpião sente, Peixes
adivinha, mas esquece o que descobriu. Um é disperso,
pacífico, perdoa fácil as ofensas, o outro é um
tormento ambulante, por vezes, o que assusta o
sensível Peixes. No amor, no sexo e nos temas
metafísicos e científicos, entendimento perfeito.



O problema é que, segundo este prognóishtico, eu combino com todos. Porra, meu, tem que me ajudar a decidir!!!!
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Agora, a previsão pra este ano pra Escorpião e Aquário, meu ascendente, como recomenda o manual:

Você e a estação

Júpiter em Virgem e você
O planeta Júpiter estará transitando o signo do
trabalho e da racionalidade, Virgem, de agora até
setembro de 2004. Júpiter é o planeta que representa a
fé, a crença e o ideal, a vontade de explorar e
ampliar seus horizontes conhecidos. Confira o
simbolismo deste transito para seu signo. E se você
souber qual é o seu signo ascendente, leia também,
pois ele fornecerá mais elementos para sua reflexão.

Escorpião

Dias de alta produtividade, meses de participação
social condensada em atividades de grupo e associações
de classe – Júpiter envia raios de esperança e boa fé
em sua direção se você se dispuser a dar uma parte de
sua inteligência e conhecimento a causas comuns a seus
semelhantes. Amizades novas surgem, bastante ligada a
seu trabalho. amizades antigas encontram razão para se
estreitar: trabalho e perícia se juntam em um projeto
de larga escala. Filhos e amores também se expandem,
sob nova luz. É um período de estar no mundo e dar a
cara pra bater.

Aquário

Você terá uma favorável perspectiva de ganhos
financeiros, mentais, profissionais, espirituais e
muita experiência gratificante no campo das relações
intimas, de acordo com as energias jupiterianas, que o
impelem para uma mudança radical de ponto-de-vista na
abordagem ao próximo. A ética é o limite: fuja de
atitudes utilitaristas, de maquiavelismos de ocasião.
A mudança tem de vir de dentro e alterar crenças. Você
terá de convencer a todos da propriedade de suas
idéias originais. Não odeie aqueles que aproveitam das
situações, mas seja rigoroso com quem não sabe que
está fazendo isso.


Alguém poderia por favor comentar esta última frase, que eu não tô entendeindu??? Aqueles que aproveitam das situações ou que SE aproveitam??? Gramaticalmente certo???
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Minha relação com horóscopos vem sendo cada vez mais íntima. Aquele papo de que, nos trinta a gente começa a viver o ascendente ou o signo (putz, não lembro qual), me pegou concordando muito com os horóscopos das minhas tardes jornaleiras no Café da Lagoa. Ah, tivesse eu dinheiro pra tantos e diversos cafés aqui, teria eu também dazu menos tempo e, como queríamos demonstrar, seria, em bom vienense, wurscht. Mas hoje o Fernando me leu aqui no nosso diálogo internético diário (ficamos eu e ele numa sala, cada um num computador ligado em rede), umas pérolas que eu sou obrigada a colar aqui. Primeiro, o horóscopo do dia para meu lindo signo: Escorpião:

Segunda boa para concentrar a atenção no trabalho, na
reputação, na popularidade. Você irá captar o que tem
de fazer para ser reconhecido de verdade. Para ocupar
seu espaço, porem, terá de encontrar algo de único, a
marca de sua pessoa no mundo. Isso não é fácil,
enquanto não se desfizer de crenças que não funcionam
no presente.


Cara, CONCENTRAR-ME NA MINHA POPULARIDADE realmente seria algo muito divertido, ahahah!!! E que não é fácil encontrar ALGO DE ÚNICO, A MARCA DE MINHA PESSOA, olha, quero ver quem é que encontrou!!! É muito divertido. E faz sentido.
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E eis que ela marcou com ele no Café Prückel. Prückel. Nome familiar. Na frente do MAK, no Stadtpark...Tinha o neon da entrada na memória visual, mas a menor idéia da localização na cidade. Um dia mais cinza do que terno de escrivão. Como sempre, quando estava parando pra verificar no mapa, foi atingida visualmente pelo neon do neo-também-cinza-clássico prédio da esquina do Schubertring com uma pracinha, em letra cursiva, "Prückel", "ai, meu Deus, dois dias seguidos indo encontrar-me com homens lindos-queridos-gostosos, muito agradecida, meu Paizinho Paidiciçoromãobatissss". Quatro horas. Já de cara abre a porta e vê lá no fundo alguém que, se confiasse melhor na sua visão-operação-laser, teria reconhecido mais rápido, ele, o rrrrrrrrrrrrrrrrrromance de sua vida, alguém que tem nem mais nem menos este nome, o nome dele não é Waldemar, e sim, Roman! E foi chegando e o coração acelerando, tantas coisas pra dizer, começar com quê, vai beijar na boca, não vai, vai sentar do lado, na frente (pelo menos havia só duas cadeiras mesmo pra facilitar na decisão), oi. Oi. Então, oi. Bem, oi. Oi, né? Que difícil. A síndrome da piada agora em seu retrógrado: esqueceu o começo. Mas a coisa vai pegando, a primeira frase deixa quieto, melhor esquecer, pois nem conseguiu enunciar direito, porra, acho que nem em português conseguiria. Então vieram as piadinhas. Uma atrás da outra, como sempre, um humor quase brasileiro, tolinho. O assunto prático também, coitado, nem no café ele consegue deixar o lap-top fechado. E então alguém na mesa da frente libera o sofá!!!! "Vamos pro sofá", ele disse, "é mais confortável". Com certeza!!! Sem dúvida alguma. Sofazinho verde-água. Modelo clássico. Êta cidade mais clássica, meu Deus. Enrolou tanto quanto a autora aqui pra dizer "Preciso te dizer uma coisa, mas não tenho coragem". Nossa, pra dizer isto já tinha que ter usado coragem. Ele "o quê, algo ruim?". "Não, absolutamente!". Até que foi levando o assunto pra perto da terceira pessoa em questão, que teria estado numa mesma festa que ele, enfim, o assunto era sobre ela e o terceiro, o amigo dele. Ele disse que não queria adivinhar, pois ele podia até matar na primeira, mas se ele dissesse uma besteira podiam haver outras conseqüências e tal. Sem contar com a ajuda do outro, ela desembuchou: "Eu dormi com ele!" Exatamente o que ele tinha pensado. "Pronto, falei". Afinal, era o melhor amigo. "História clássica", disse ele, "Klassische Geschichte". Danke, Wien.
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O Clássico. Bem, estamos sempre, afinal, vivendo os clássicos. Será um neo-neo-neo-neo-infinito-classicismo? Ou a história, no fundo, é que é sempre a mesma?? Sempre uma só?? Outro dia eu fui contar uma piada pro Wagner, comecei, uma da "caixinha do sglub-sglub"...Tenho um certo problema em contar piadas. Eu consigo, até, fazê-las bem engraçadas. Quando eu chego no final. Este é o problema. Bem perto do final, eu esqueço. Simplesmente me dá um branco. Então eu tava contando a tal da piada pro Wagner e, logicamente, um pouco antes ainda do final eu já parei "putz, não dá, não lembro mais". Dai ele soltou esta: "é que tu só tem uma piada". Uma só? Claro! Uma só, pois o final é sempre o mesmo, do qual eu nunca lembro!!! Muito louco este Wagner. Muito louca esta nossa artevida....
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Adoro sua novela, disse ela, sobre meu blog. Muito apropriado o termo. Para mim, franca ex-noveleira, depois de ir dormir tantas noites curiosa por saber se a Maitê Proença iria ficar com o "Nando" na ilha deserta ou daria pro fotógrafo da Playboy, confesso que satisfaço-me orgasmicamente lendo a simples história da vida destas outras vidas, conhecidas ou não. Talvez pelo fato de saber serem reais. E se não forem???? Carninha, Brazileirapreta, tantas outras, aquela stripper de Londres, se elas não existem, então eu também não.
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14 outubro 2003

Ela contou para um amigo, esteve com um homem num guindaste, a 100 metros sobre a cidade de Viena. Com quem? Ah, com um amigo do amigo e tudo mais. O amigo, entao, contou para ele, que ela havia estado com um homem num guindaste a 100 metros sobre a cidade de Viena. Ele riu. Perguntou quem teria sido? O amigo nao sabia. Era ele, disse. O amigo nao acreditou. Ele, entao, contou toda a historia, exatamente como ela havia contado. E riu. Ela ri também.
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12 outubro 2003

O silêncio. Traz a calma e o amor. Por sobre as janelas de Viena, duas estrelas, macho e fêmea, amam-se enlouquecidamente. A cidade está a seus pés e o vento, ah, o vento! Ar movido em forma de música e suspiros, misturando tecidos, no silêncio. A palavra. Amor, verbo intransitivo, intocável, intransponível.
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À noite, as pessoas sonham com a velocidade, com a juventude. Não percebem que também, no silêncio e na escuridão, as estrelas nos vêem, lá de cima. Elas também sentem, como nós. Sobre toda a Viena, um olhar silencioso, protegido do vigoroso vento lá fora. Também vigorosa é a vontade das estrelas de serem gente. Querem ser como as pessoas, que sonham e que vivem. Então, como um presente mágico, duas estrelas sonham que estão subindo, subindo...subindo sempre...são como seres humanos, sobem sobre as pernas, as escadas. E a paisagem abaixo, cada vez menor, cada vez maior, à medida que ultrapassam as fachadas do prédios, cresce com o vento, gira em volta das duas estrelas. São felizes, foram presenteadas com a sensação humana de subir. O cume representa o êxtase de estar no alto e o de ser humano, limitado, sensível, errado, pulsante, ofegante, expirante, inspirante como o silêncio.
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10 outubro 2003

E vai aqui então mais um agradecimento ao querido local Schikaneder...Depois de toda esta história, me joguei pro meu bar predileto, do qual moro agora muito perto (sonho realizado): SÓ MUSICA CLÁSSICA!!!! No boteco mais underground do planeta!! E um buffet de docinhos, que coisa mais vienense!!! Os djs atenderam a todos os nossos pedidos, de Bach a Steve Reich, passando por Vivaldi, eles tinham o mesmo cd que eu, da NAXOS, com Tafelmusik e o concerto pra Viola que solei (vejam só vcs) no Teatro Londrina do Memorial de Curitiba, um dia aí da vida. Emocionante. Na tela muda, "Urga, uma paixão no fim do mundo", de Nikita Mikhalkov, 1991, do qual o Fernando tinha me falado. Insólito, surreal, vienense. Existe o movimento surrealista vienense, mas é nas artes plásticas e não na literatura, como na América do Sul. Mas eu lhes digo, meninos, eu vi, Viena vive o surrealismo realmente, por mais paradoxal que esta frase possa soar.
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O mundo é pequeno e gay. Eu quero ser gay, mamãe, estou me sentindo deslocada. Fui ontem na casa da dona do meu apartamento, a Nora, meio que faço um baby sitting pra ela. Ela me perguntou se eu conhecia a tal da Astrid, de Berlim, que queria ficar com o apartamento em que estou agora. A Astrid é uma guria que o vocalista da minha ex-banda chamou pra cantar. Ela chegou e tomou o ponto não só de cantora, como de maestrina, diretora artística e coordenadora musical, enfim, todos os cargos artísticos de liderança que se possa acumular. Sem ao menos ter assistido a UM ensaio. E queria me dar aulas de canto e de ritmica, coitadinha. Enquanto jantávamos, eu sentada de frente pra parede vinho daquela imensa sala Elisabetana, ela me contou que a Astrid queria morar onde eu moro, mas que nunca mais deu notícia e a Nora largou mão e agora estou eu lá. A Nora também recém chegou nesta casa enorme, de paredes coloridas. Os locatários disseram que os antigos moradores, apesar de terem feito diversas reformas, nunca pagaram o aluguel e então foram despejados. Também contou que encontrou uma foto de duas mulheres maquiadas de preto na cozinha. E que, um dia de manhã, um vizinho de roupão e cigarro na boca perguntou, fissuradíssimo, por uma mulher. Ela disse que agora morava lá uma família e ficou imaginando o que teria sido aquele quarto mais escuro da sua nova casa...Seu marido trabalha no jornal "Wiener", podre jornal, um NP austríaco. Recebeu fotos de uma putinha alemã, sado-masô, cujas feições achou famiiliares. E todas estas informações foram reunidas neste nosso jantar de ontem. Conclusão: a Astrid, que queria morar onde eu agora moro, de propriedade da Nora, morava onde agora a Nora mora. Seu namorado, traficante, foi preso e denunciou amorosamente a namorada, que já saiu da prisão, na Alemanha, de onde não deveria ter saído. Ela, que devia ser sua locatária, havia morado onde ela mora, conseguiu ser odiada pelos senhorios e com certeza mantinha uma sala de "torturas" no quarto do canto do enorme apartamento elisabetano. Enfim, o mundo é pequeno. Agora, por que gay? Bem, a Nora também conhece o Otto, companheiro de casa agora do Roman, há mais de 20 anos. Quando eu contei que meu queridinho mora agora com ele, ela perguntou "eles estão juntos? Porque o Otto eu sei que já passeou pelos dois lados..." Agora me diga, mamãe, sou ou não sou uma conservadora careta desintegrada?
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09 outubro 2003

A historia velha de hoje é a seguinte: fui figurante numa performance chamada "music box". Caixinha de música, em português. Qual não foi minha surpresa quando, ao conhecer o performer, tomei contato com a verdadeira Music Box: no que deveria ser o ensaio geral, ele nos mostrou diversos hit parade dignos de qualquer rádio mais podre possível no mundo, traduzidos pras línguas mais esdrúxulas possíveis (se é que é): rumeno, russo, espanhol (nem tão esdrúxula assim), enfim, qualquer uma que não a original. Fui ouvindo e minha vontade de rir foi aumentando, pois afinal, obladiobladá é duro, me desculpem os reis besouros. As outras eu nem ouso, quem quiser pode acessar qualquer rádio italiana na net, devem tocar todas (sob Berlusconi, tudo é possível...). Mas o fato é que conheci muitas pessoas interessantes nesta figuração, dançarinos, com os quais agora vou trabalhar, fazendo música pra eles. Enfim, todos juntos, prestando atenção às diretrizes da performance, ficamos sabendo que a music box era música ruim, em língua estranha, um cenário em que uma banda de papel se exibia e o performer lutava BOX!!!! Sim, com a própria sombra!!! E com pessoas da platéia também!!!!!! Divertido e ridículo. Do ensaio saímos até altas da madruga pra dançar e concluímos que precisaríamos de um pouco de álcool pra estréia: no dia seguinte estavam todos e as cervejas na porta de trás do Tanzquartier. No segundo dia, ainda catei a Marta de laranja, pra vibrar pro nosso herói "Pacha", que lutava com a própria sombra e enchia a moral da platéia com frases estimulantes no letreiro eletrônico "este show é só pra vocês", "exclusivo"... Depois de eliminar os músicos de papel com vigorosos socos de luva, ele cantava o hit the dooriano "people are strange", dizendo "people are bad, and I am good", uma simplória e não-pretensiosa crítica ao mondo media e sua suposta força...Ah, Schwarzenegger, seu pretonego....
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Compor olhando os arquivos de som é muito engraçado. Um misto gráfico-sonoro que eu ainda estou tentando experimentar. Já me deu na louca de fazer um mosaico com sons de "v", "d" e "t", pra minha peça "Avadata", pra violão e 5 canais. Tinha lá um monte de pistas e fui fazendo o mosaico. Ficou engraçado. Relacionei diretamente. Agora fico feliz porque posso olhar o arquivo de longe, boto a lupa bem pequenininha e penso em como vou desenvolver e o tempo que ainda me resta, coisa possível. Divertido. Lustig.
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06 outubro 2003

O tema é relacionamento e eu vou precisar encher um pouco a minha barriga pra poder meditar sobre o assunto...
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Disseram-me que eu iria sentir falta dela. Disseram-me duas vezes. Ainda na segunda, eu neguei, afirmando que sabia me despedir das pessoas. E sei mesmo. O fato de já ter sentido as coisas não implica em não senti-las de novo. Sim, despeço-me há mais de quinze anos das pessoas mais queridas. Porque minha linha vital a isto me impulsiona. Vou desbravando o mato, como fazia quando morava em Blumenau e via cobras e camaleões no terreno do outro lado do muro de casa. E desbravando as pessoas, mas, principalmente, desbravando a mim mesma. Graças a Deus, afeiçoo-me cada vez melhor. Relaciono-me cada vez melhor. Decepciono-me um pouco menos. Talvez devesse mostrar mais o que sinto. E eu já sinto falta da Martinika, minha amiga que chegou ontem em Varsóvia, vindo daqui. Eu entendo agora a frase do autor do livro "O céu que nos protege", no final do filme (aliás, a legenda comete um erro imperdoável!): "Porque não sabemos quando morremos, achamos que a vida é inacabável. Mas lembramo-nos na verdade bem poucas vezes de tão lindos momentos que vivemos, como o nascer da lua cheia sobre o mar ou aquela doce tarde na infância. Mesmo assim, a vida parece não ter limite." Mas quando a gente se despede, toma consciência da finitude das coisas. Acordamos do sonho para a dura realidade. Isto me lembra já outro tema...
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03 outubro 2003

Lembrança mais plena do curso de Comunicação Social na UFPR, turma dos FPS (Pobres, Sujos e Feios, segundo a cenoura, uma estudante de psicologia escurecida pelo bronzeamento artificial e pelos pensamentos negativos, que usava um top cenoura pra cobrir seu peito imensamente pequeno), o filme do Bernardo Bertolucci "O Céu que nos protege", com o John Malkovitch e a Debra Winger. Na primeira cena, depois da abertura "New America pós-guerra", eu lembro tão bem dela, a Debra Winger diz pro chato do Tunner "Você é um turista, Tunner, o Port é um viajante. A diferença é que o turista pensa em voltar pra casa no momento em que chega, ao contrário do viajante, que apenas chega". Lembro que, quando vi o filme pela primeira vez, eu era turista e queria ser viajante. Agora eu sou, tornei-me. Desejar vale a pena.
Comments [] TOCA RAUL
Eu cheguei à conclusão, depois dos últimos acontecimentos amorosos de minha vida, que já faz 14 anos que estou na adolescência. Espero continuar transitando por este país mental da incerteza, limpando sempre meu sótão e catando coisas que desconhecidos deixaram no porão.
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Roman Pássaro

In meine Gedanken
Fliegst du
Wozu?
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Não há, não há mesmo como negar que tenho um bloqueio na hora de escrever no computador. Mas hoje vou colar algo que está na minha cabeça desde ontem.
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